Aprenda Como Fazer uma Redação Descritiva Perfeita

Entenda o que é e como funciona a produção de uma redação descritiva

É comum esquecermos muitas coisas depois de entrarmos para o ensino superior. Com o foco em áreas específicas, acaba não sobrando muito tempo para lembrar das coisas mais básicas. Você lembra o que é uma redação descritiva? Confira abaixo tudo o que você precisa saber para construir uma com todas as características necessárias.

Definindo o que é redação descritiva

Redação descritiva é aquela que define e deixa bem especificada as características de determinada pessoa, objeto, cenário, situação, etc. Além disso também pode trazer a descrição de sensações, emoções, sentimentos e coisas mais abstratas.

Basicamente o fator mais importante é escolher bem os adjetivos  e locuções adjetivas que trabalharão com os substantivos para chegar ao objetivo desejado.

mulher fazendo anotações em um caderno

Tipos de redação descritiva

São apenas dois tipos de redação descritiva e que podem, inclusive, se entrelaçar, mas é preciso reconhecê-los para não se perder no processo textual. Confira-os abaixo:

Redação descritiva denotativa

Também chamada de redação descritiva objetiva, que é quando a descrição é objetiva e clara, sem brechas para nenhum tipo de interpretação, como por exemplo:

  1. “Ele media 2 metros de altura”
  2.  “Ela tinha olhos azuis”
  3.  “Já era de noite e as estrelas estavam visíveis no céu”
  4. “O cachorro do vizinho, Spike, é marrom”

Como você pode notar, tudo é objetivo e não existe nenhum tipo de interpretação do autor ou por parte do leitor. Na frase 1, o descrito mede 2 metros de altura e não existe contextualização. O mesmo ocorre em todas as frases. Em resumo, são descrições precisas, claras e diretas.

Redação descritiva conotativa

A redação descritiva conotativa é também chamada de redação descritiva subjetiva e é o oposto da redação denotativa. As descrições são abertas, não tão precisas e com margem para interpretações por parte dos leitores. Para entender melhor confira as sentenças abaixo, que serão versões conotativas das sentenças que você já leu:

  1.  “Ele era muito alto”
  2.  “Ela tinha um lindo par de olhos”
  3.  “O céu estava escuro e a lua e as estrelas estavam claras”
  4.  “O cachorro do vizinho, Spike, é muito fofo”

A diferença é nítida. Quando se trata da primeira frase “Ele era muito alto” não existe nenhuma definição do que é alto e do que é baixo. Isso pode variar de pessoa pra pessoa e cultura para cultura. O leitor tem de interpretar.

A segunda frase tem o mesmo princípio, quando introduz o termo “lindo par de olhos”, afinal, quem define o que é lindo? O autor? Logo fica na interpretação, assim como se fosse “um par de olhos claros”.

O mesmo ocorre com “céu escuro” e “lua e as estrelas claras”. O escuro para uma pessoa pode não ser para outra e tudo isso é interpretativo e subjetivo. Assim como a fofura do cachorro também é relativa, diferentemente da cor marrom que ficou diretamente e objetivamente descrita.

A descrição conotativa também é recheada de metáforas, ou seja a comparação de uma coisa com outra, por exemplo, “Ela é uma besta”. É claro que isso é figurado e abre margem para muita interpretação.

Qualquer descrição com contexto emocional por parte do narrador também é subjetiva, como “ele era muito meigo e doce”. Não existe um foco na realidade, mas sim na imaginação e questões internas do narrador.

Quando os dois conceitos se misturam?

É muito comum que em redações descritivas, o objetivo e o subjetivo se misturem e oscilem. O narrador pode ser preciso em alguns momentos e emocional em outros, veja nas frases abaixo:

  1. “Ele era um rapaz alto, com 2 metros de altura”
  2. “Ela tinha um par de olhos azuis muito belos”
  3. “Já era noite, o céu estava escuro e as estrelas brilhavam muito”
  4. “O cachorro marrom do vizinho, Spike, era muito fofo”

Note que as descrições conotativas e denotativas foram misturadas. A objetividade da altura exata do rapaz, mas questão subjetiva de considerar isso alto, assim como a cor dos olhos da garota, mas a subjetividade de considerá-los belos. Isso acontece o tempo todo em redações descritivas.

Outros gêneros de narrações

A redação dissertativa tem um caráter argumentativo, onde você deve expor pontos de vista de maneira objetiva e direta, organizando muito bem suas ideias e fatos possíveis para criar um desenvolvimento coerente. Sempre fugindo da subjetividade na medida do possível.

A redação narrativa é um processo diferente e ocorre quando existe um enredo, personagens, fatos acontecendo e obrigatoriamente em um espaço em algum tempo. A narração pode ser em primeira ou terceira pessoa.

Os tipos e redação se misturam?

Não só os tipos de redação narrativa, dissertativa e descritiva, mas também qualquer tipo ou gênero textual. É comum encontrar textos narrativos que descrevem certos objetos do cenário e dissertativos que descrevem situações, pesquisas, etc.

Assim como é importante saber diferenciá-los e em que ponto estão ocorrendo, também é importante saber que sempre um tende a se destacar, como um texto narrativo, com traços de redação descritiva, entre outros. O processo textual não é limitado.

O fenômeno da descrição na redação descritiva

Para entender melhor o fenômeno da descrição e produzir uma redação de qualidade, entenda que você pode descrever coisas mais concretas, como objetos, pessoas, partes de alguma coisa, etc, mas também pode descrever as coisas mais complexas, como as emoções, misturas de sentimentos, contradições e conflitos internos, entre outros.

Para dar profundidade ao seu texto, busque fazer descrições precisas quando forem denotativas, com todos os detalhes relevantes, para facilitar e praticamente guiar a visualização do leitor. Quando for fazer uma descrição conotativa, seja o mais profundo possível, para que a sua subjetividade seja entendida pelo leitor da melhor maneira.

A descrição também independe do tipo de narrador, seja em primeira ou terceira pessoa. O tipo de narrador, seja personagem, observador ou narrador, também não afeta o fenômeno em si, mas pode falar bastante sobre a questão subjetiva de um personagem.

O projeto acadêmico

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